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30/10/2014

Moradores de São Gonçalo se qualificam visando construir carreira no aeroporto

 

Cursos oferecidos pelo Pronatec no IFRN no município auxiliam a formação de são gonçalenses focados no mercado aeroportuário

O Campus do IFRN em São Gonçalo do Amarante foi implantado no município em 2011 (Foto:  Wellington Rocha)

Há três anos, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN) chegou a São Gonçalo do Amarante e um programa federal incentivou os cidadãos do município a buscarem uma qualificação profissional, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec),em que a rede federal de educação tecnológica é um dos agentes ofertantes, como também universidades federais e o sistema S (Senac, Senai, Sest, Senar).

 

Com curta duração, em média 160 horas e concluído em até quatro meses, o Pronatec oferece diversos cursos com atuação variada no mercado de trabalho. Com a instalação do Aeroporto Governador Aluizio Alves, o IFRN observou um novo ramo de atuação, com foco em atividades relativas ao terminal aeroportuário.

“Além da equipe de professores, técnicos, o programa permite contratar profissionais externos e com experiência no segmento aeroportuário. Temos profissionais atuantes em companhias aéreas, nos administradores de aeroportos”, declarou.

 

Por ano, 30 turmas são formadas absorvendo 800 vagas e a procura de estudantes e pessoas já empregadas só aumenta com o passar dos semestres, chegando a formar filas no período de inscrições.

 

“Estamos ampliando o nosso leque de atuação, gerando qualificação, conhecimento para o aluno. Mesmo que ele não atue, é conhecimento novo, atrativo, falar de aeronave, mobilização de pessoas, é um tema que atrai. Tem sido bastante enriquecedor, está gerando oferta de trabalho temporário para esses profissionais especializados”, afirmou Fernando Freire que acrescentou, “ é um trabalho que demanda tempo, mas hoje o nosso aluno sai com o certificado da rede federal tecnológica tem um certo peso, e a gente preza pela boa formação”.

“Os campus do Instituto Federal são instalados de acordo com a vocação socioeconômica da região. Os nossos cursos, nossos eixos vocacionais, são voltados na área de infraestrutura, com cursos na área de construção civil, edificações, e área de gestão e negócios, com o curso de logística, de maneira transversal, tem os cursos de informática”, detalhou o professor Fernando Freire, coordenador de extensão e coordenador adjunto do Pronatec no IFRN em São Gonçalo do Amarante.

 

O Pronatec foi instalado no IF em 2012 e no período de obra do aeroporto, os cursos mais procurados eram de suporte de infraestrutura, como pedreiro, alvenaria, encanador, eletricista, cursos na área de informática. Os cursos aeroportuários foram ofertados em 2013, quando o terminal começou a tomar forma.

"Tivemos vários encontros, com a Infraero, Inframérica, para verificar essas potencialidades e oportunidades de trabalho", explicou Freire (Foto:  Wellington Rocha)

“Desde o segundo semestre de 2013, começamos a ofertar o segmento aeroportuário. Visualizando esse potencial socioeconômico, já que temos um equipamento aeroportuário vizinho, oferecemos esses cursos. Tivemos vários encontros, com a Infraero, Inframérica, para verificar essas potencialidades e oportunidades de trabalho, nasceu de uma ideia conjunta”, explicou Freire. Atualmente o Pronatec em São Gonçalo do Amarante oferece os cursos de agente de aeroporto, agente de rampa, de limpeza de aeronave, de comissária, funções que dão suporte a toda dinâmica aeroviária.

 

Por serem cursos novos, Fernando Freire comentou que foram propostos ao Ministério da Eduação (MEC) e aprovados. 

Parceria de sucesso

Para fortalecer a implantação dos cursos e garantir a empregabilidade aos recém-formados, o IF conta com o apoio da Inframérica e das companhias aéreas, divulgando os cursos e as vagas existentes, além de solicitar visitas técnicas e a presença de profissionais para ministrar palestras e oficinas.

 

“A Inframérica é parceira nossa desde o inicio. Temos uma relação muito estreita com a gestão aeroportuária, onde os alunos, em momentos dos cursos, vivenciam in loco e horário de pico, o que é um check-in, uma restituição de bagagem, raio-x, o passo a passo de toda a dinâmica aeroportuária. Também divulgamos os perfis daqueles alunos que já concluíram ou estão perto, encaminhamos currículos e participam das seleções das empresas. Muito desses egressos tem sido colocados no mercado de trabalho”, contou Fernando.  De acordo com o coordenador do Pronatec em São Gonçalo do Amarante, a Inframérica aprova a iniciativa.

Transformação pós-aeroporto

Para o professor Fernando Freire, o município passa por uma transição socioeconômica, de evolução na área de serviço, transporte e logística, porém os são gonçalenses ainda não despertaram para as oportunidades geradas com o novo equipamento.

 

“Não é que o morador de São Gonçalo do Amarante vai visualizar apenas o empreendimento aeroporto, até porque hoje temos um aeroporto com perfil de Natal, mas a proposta é que ali seja um grande centro logístico aeroportuário. Esperamos que esse aluno não deixe de desperdiçar essa nova realidade. Se o empreendimento está em São Gonçalo do Amarante, esse residente tem que ser ator principal desse processo”, disparou o coordenador. A expectativa do educador é que com a entrada de cidadãos no mercado de trabalho, os outros serão instigados a se capacitar e buscar uma qualidade de vida.

Agente do futuro

Uma das protagonistas nessa mudança é Daniele da Silva Ramos, de 33 anos. Natural de São Gonçalo do Amarante, Daniele é casada e mãe de um menino de seis anos que viu sua vida mudar com a chegada do Pronatec no IF de São Gonçalo.

 

Cursando desde maio o curso de Agente de Aeroporto, Daniele estava há 15 anos sem estudar, enfrentou as dificuldades e se inscreveu no Pronatec. “Quando chegou o IF aqui, cada tijolinho que ia sendo erguido, eu via uma possibilidade de aprimorar os conhecimentos”, acrescentou.

 

A auxiliar de administrativo sempre estudou em escola pública no município e concluiu o ensino médio no Atheneu em Natal, devido às greves que atingiam o ensino municipal. “Meus pais são bem humildes, sempre incentivaram os meus estudos, porém, foi tudo com muita dificuldade, mas enfrentei tudo”, comentou.

“Para mim, faculdade era uma coisa muito distante. O filho do pobre que terminasse o ensino médio, para os pais já era doutor, com diploma. Era ter chegado longe demais”, completou Daniele (Foto: Wellington Rocha)

Daniele contou que não conseguiu fazer faculdade, até tentou o vestibular para vivenciar a experiência, mas decidiu trabalhar logo em seguida como auxiliar administrativo em uma empresa que está até hoje.  “Para mim, faculdade era uma coisa muito distante. O filho do pobre que terminasse o ensino médio, para os pais já era doutor, com diploma. Era ter chegado longe demais”, completou.

 

A vontade de crescer e voltar a sala de aula começou com a construção do IFRN no município e a oferta dos cursos do Pronatec. Em 2012, Daniele fez uma inscrição e não foi chamada. Mas isso não a fez desistir.

 

“Mas sempre via o movimento, mas como passava o dia no trabalho não tinha tempo de procurar saber. Por coincidência, um rapaz que trabalha comigo estava reclamando do cansaço, porque estava fazendo um curso lá no IF, ai ele falou que tinha o Pronatec. Chega os olhos brilharam, era o que eu queria”, detalhou com os mesmos olhos brilhantes.

 

Ela fez uma nova inscrição e foi aprovada no curso de agente do aeroporto, um curso que, para ela, está abrindo a mente e possibilidades. Daniele conta que o curso tem um leque de atividades, como trabalhar com check-in, check-out, administração, com chance de crescimento e aperfeiçoamento.

 

“O aeroporto de São Gonçalo do Amarante é uma possibilidade de crescimento, porque vai ser o polo econômico do Rio Grande do Norte. A gente que mora mais próximo tem mais possibilidade, pelo leque de opções de funções para trabalhar”.

 

Na inauguração no dia 31 de maio, Daniele esteve presente com a família. Foi o primeiro terminal aeroportuário que ela conheceu, ficando encantada com a estrutura e motivando a trabalhar futuramente no aeroporto.

 

“Está previsto uma aula de campo lá e as perspectivas são as melhores possíveis, até porque a gente já vai ver com outro olhar. Eu não sabia nada de aviação, hoje eu já sei o que é um finger, um check-in, torre de comando, todos os procedimentos. Vou olhar não mais de visitante e sim como profissional que está pensando realmente na área”, garantiu a estudante.

 

Para o futuro, Daniele Ramos deseja fazer novos cursos, como logística, inglês, não ficando mais parada. Além disso, trabalhar no terminal de São Gonçalo do Amarante. “Quero atuar como agente de aeroporto e em São Gonçalo. O futuro é aqui”, declarou.

Aeroporto motiva instalação de unidade do Senac em São Gonçalo do Amarante

A construção e a entrada em operação do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves têm provocado intensas mudanças na cidade de São Gonçalo do Amarante. Uma delas é o aumento da demanda por profissionais capacitados, fato percebido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), que está viabilizando a instalação de uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) no município.

 

De acordo com o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, para decidir quais cursos serão oferecidos no local haverá o desenvolvimento de uma pesquisa na cidade, por meio da qual serão apontados os segmentos com maior demanda no local. “Se for o caso, poderá existir um portfólio exclusivo de cursos para São Gonçalo”, detalhou.

 

Em entrevista ao portalnoar.com, Marcelo Queiroz falou sobre a atuação do Senac em território potiguar e comentou algumas mudanças que podem ser provocadas pela operação do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante.

 

Leia a entrevista na íntegra:

Marcelo Queiroz contou que o Senac atende hoje a 60 mil pessoas, em mais de 300 modalidades de cursos (Foto: Alberto Leandro)

PortalNoar: De que forma o Senac atua no Rio Grande do Norte?


O Senac tem como principal finalidade capacitar, qualificar e formar pessoas para atuar nos setores de comércio, serviços e turismo. Temos 10 unidades físicas no Rio Grande do Norte e três unidades móveis, nas áreas de informática, gastronomia e saúde e beleza. Geralmente, quando vamos para uma cidade com a unidade móvel, passamos 90 dias úteis formando pessoas nessas áreas.

 

PortalNoar: Quantas pessoas são atendidas pelo Senac no estado?
 

Atendemos hoje a 60 mil pessoas, em mais de 300 modalidades de cursos. Desses 60 mil, 45 mil é a previsão dos que serão totalmente gratuitos, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) – programa do Governo Federal, que tem o

o Senac como executor, em parceria com o Governo do Estado e Prefeituras – e do Programa Senac de Gratuidade (PSG), que é executado com recursos totalmente do Senac.

 

PortalNoar: Como as pessoas podem ter acesso aos cursos?


Como somos apenas executores do Pronatec, as inscrições são feitas por meio das secretarias do estado e das prefeituras, já no PSG fazemos um processo seletivo, divulgamos em toda a imprensa e as inscrições são feitas por meio do nosso site (http://www.rn.senac.br). As exigências são que a pessoa tenha a renda per capita inferior a 2,5 salários mínimos e seja estudante ou oriundo da escola pública. Com o Pronatec, chegamos este ano a 120 cidades do Rio Grande do Norte.

 

PortalNoar: Os cursos do Senac são exclusivos para essa faixa de renda?


Não. Qualquer pessoa pode ter acesso aos cursos do Senac, mas alguns são gratuitos e outros são pagos. O Senac vai chegar a ter 60 mil matrículas durante 2014. Dessas, 15 mil serão de balcão, aquelas que as pessoas se dirigem até o Senac, se matriculam e pagam para fazer o curso; enquanto 45 mil serão gratuitas, das quais mais de 10 mil pelo PSG.

 

PortalNoar: De quanto é o investimento feito pelo Senac nos cursos do PSG?
 

Só em 2014 serão investidos R$ 13 milhões pelo Senac no PSG e no período de 2009 até 2014 o investimento totaliza R$ 44 milhões. O PSG é o nosso grande diferencial, porque proporciona a democratização do acesso aos cursos de excelência do Senac, permitindo que pessoas que não teriam condições de fazer cursos na instituição possam se qualificar para o mercado.

 

PortalNoar: Quantas pessoas fazem cursos no PSG?


Só em 2014 serão 10 mil pessoas inscritas e de 2009 a 2014, o total chega a 28 mil. Esse é o número de profissionais qualificados, com nível de excelência e de graça para o mercado. Isso é uma democratização muito grande da qualificação de mão de obra. Apesar de gratuitos, esses cursos não têm uma qualidade inferior a dos pagos. O nível, os professores e o material são os mesmos.

 

PortalNoar: Qual o percentual de profissionais absorvidos pelo mercado após concluírem cursos no Senac?
 

Isso depende do curso, mas a média geral é de 60%. Se falarmos do curso de cozinheiro, por exemplo, são absorvidas 100% das pessoas que se formam. Nesse curso, antes mesmo de terminar, as pessoas já estão trabalhando e existem casos de algumas que não finalizaram o curso, porque começaram a trabalhar antes e não tiveram como concluir. É importante, porque a entrada é “pela porta da frente”, como costumamos dizer. Essas pessoas chegam ao mercado do trabalho não por algum favor, mas por terem uma qualificação e que foi recebida gratuitamente.

 

PortalNoar: O PSG é realizado em todo o estado?
 

Sim, levamos cursos do PSG para cidades do interior. No início deste ano, tivemos uma aluna de Mossoró que morava em um assentamento, fez o primeiro curso, demonstrou interesse em novos cursos, o pessoal viu a capacidade dela, deixou que ela fosse fazendo cursos de complementação e ela foi campeã do World Skills, na Colômbia, onde competiu com alunos de todos os países da América. Há pouco tempo, tivemos a Olimpíada do Conhecimento em Minas Gerais, na qual um aluno nosso do curso de cozinheiro do Senac ficou em primeiro lugar. Esse aluno também é oriundo do PSG. São pessoas que possivelmente não teriam a mesma oportunidade de outra forma.

 

PortalNoar: Houve alguma parceria com a Inframérica, para que pessoas qualificadas pelo Senac fossem trabalhar no aeroporto de São Gonçalo do Amarante?
 

Diretamente, não. Mas os responsáveis pelo consórcio fizeram uma seleção, em parceria com a Prefeitura, dando prioridade para pessoas de São Gonçalo. Durante algum período, tivemos unidades móveis funcionando na cidade, fizemos várias turmas de Pronatec em São Gonçalo e, com certeza, alguns dos contratados pelo consórcio do aeroporto são oriundos de nossos cursos. Mas não houve uma parceria direta entre Senac e Inframérica.

 

PortalNoar: Com a construção do aeroporto Aluízio Alves foi realizado mais investimento na região de São Gonçalo?
 

Nós tivemos turmas de PSG, de Pronatec e até uma reunião com o prefeito do município, na qual ele doou um terreno onde vamos construir uma unidade física do Senac. Porque, com o aeroporto, a cidade vai ter um crescimento no número de empresas que irão se instalar na região, de transporte, depósito, atacadistas, lojistas. Então, iremos construir uma unidade em São Gonçalo e vamos fazer uma pesquisa na cidade, para ver quais segmentos têm mais demanda e a partir daí podermos decidir os cursos que serão abertos no local. Se for o caso, poderá existir um portfólio exclusivo de cursos para São Gonçalo.

 

PortalNoar: O aeroporto está realmente provocando uma mudança na região como um todo?
 

No entorno do aeroporto serão instaladas várias empresas. Hoje, basicamente, o aeroporto está operando com passageiros, mas vai ter a parte de cargas, que irá proporcionar uma demanda muito forte de contratações. Além disso, empresas de serviços vão se instalar no local e, por esse motivo, estamos com o projeto inclusive já licitado para abrirmos a nossa unidade o mais rápido possível. Sabemos que muitas indústrias fazem parte do município e certamente agora vai ter uma implementação de empresas de logísticas, de serviços, as próprias transportadoras, bem como dos taxistas que começaram a trabalhar lá. Já houve mudanças em relação aos taxistas, já que para atuarem no aeroporto foi exigido que falassem um idioma além do português e eles fizeram alguns cursos específicos.

 

PortalNoar: O senhor pode falar um pouco sobre a necessidade de o próximo governo desenvolver um plano de médio e longo prazo para consolidar o aeroporto? É importante considerar a redução na alíquota do ICMS que incide sobre o querosene de aviação (QAV)?

 

O aeroporto está operando, o número de passageiros no primeiro ano de funcionamento é semelhante ao que era registrado pelo Augusto Severo, de aproximadamente 2,5 milhões. Entretanto, é preciso um apoio do Governo do Estado, no sentido de promover a redução do ICMS do querosene de aviação, porque os outros estados que fizeram isso aumentaram muito o número de voos. Então, essa medida é ponto fundamental para aumentar o número de pessoas que visitam Natal e para dar sustentabilidade ao aeroporto. O governo diz que vai perder receita, mas sabemos que vai ganhar no volume. O que acontece com um avião hoje que vem aqui para Natal? Às vezes é criada uma escala em Recife, para que ele possa abastecer. Além disso, não há um estímulo para que as pessoas visitem Natal, porque a passagem é bem mais cara do que para os estados vizinhos. Eu tenho conversado com algumas pessoas e percebo que muitas estão indo pegar avião em João Pessoa para ir, por exemplo, para São Paulo, porque a passagem é bem mais barata. São coisas como essa que deveriam estimular o governo a reduzir o ICMS do querosene de aviação.

 

PortalNoar: Qual o valor atual da alíquota do ICMS para o QAV no Rio Grande do Norte?
 

Nós somos uma ilha, pois estamos cercados de estados que praticam um ICMS mais barato. No Ceará, na Paraíba e em Pernambuco a alíquota é de 12%, enquanto no Rio Grande do Norte é de 17%. O nosso pleito é que ele seja reduzido de 17% para 12% aqui no estado. Esse valor faz diferença até em escalas e a consequência é ter uma malha aérea reduzida, além de passagens mais caras e perda de turistas para outros estados. Para um turista de São Paulo, que busca um turismo de sol e mar, tanto faz visitar Fortaleza ou Natal e se Fortaleza é mais barata, ele vai optar por ir para lá.

 

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